domingo, 21 de agosto de 2011
Cantei, me debulhei sobre as lágrimas vazias e sozinhas com gosto de dor
Marchei por caminhos fendidos de alegria e amor que passaram minha flor
E agora, o que me restam são palavras de amor
Encanta sentir a paixão que bate no peito, mas vem solidão
Pecados, mentira e promessas foi o que você deixou
Me enganei com seu perfume, que era doce assim como te vi
Outra volta eu dou nessa roda, pra não te ver aqui
terça-feira, 19 de julho de 2011
Vago
Eu havia realmente me perdido no devaneio humano, nas imperfeições do cotidiano, na vivência rotineira com as pessoas normais, porque assim me tornei como elas. Meus sonhos caíram em um dia e logo se estruturaram as alusões imperfeitas de um mundo irreal, somente hoje posso perceber que as coisas não são mais da forma que um dia foram, que as plantas não mais tem a mesma textura, ou seria meu tato que não tem mais a mesma sensibilidade? Seja como for, as formas se alteraram e assim prosseguiram.
Não posso descrever esse processo como evolução, pois ele parece ser tão tragável a corruptibilidade (o que particularmente me enoja). Tenho a suave sensação que apenas vivendo no meio dos homens comuns que posso sentir como eles as dores de um cotidiano. Degrada a pele e o espirito saber que nada mais será como antes, que em minha pequinês quase infantil me perdia em pureza, crendice maldita que me abduziu ao sonhar em dia ser eu apenas uma pequena cópia do adulto que tanto admirei. Hoje, posso confirmar como adulto que sou, não ter nada mais lindo que a pureza da inocência, em um dia pensar que todos seriam felizes ao mesmo tempo, irrisório!
Vejo como os pais alimentam seus filhos de expectativas, que são tiradas de outros filhos. Muito me machuca ver tanta competição para fuga da pobreza material, na troca pela riqueza espiritual, esqueci da minha índole por alguns instantes ao buscar ascensão, e desejo hoje que nunca mais possa sentir a mesma coisa.
Meu carmas e pensamentos se reprimiram em apenas palavras dispostas ao vento longo da noite vazia, que aparentemente assim transparece, mas nunca estaria tão vazia senão fossem os pequenos fragmentos de recordações que guardo dentro de mim, sejam eles bons ou ruins, portanto a vaguidão nunca foi realmente presente, o que me veio a pensar que apenas por alguns instantes ela existiu foram apenas as lembranças e não os atos. Temos em nós a imprudência de preenchimento das horas por relações ocupacionais, o que nos faz apenas pensar na velhice, porque dela a única coisa que resta é apenas a aparente vaguidão, sem atitudes.
Me dê essa velhice para elevar meu ser, me compreender e ao mesmo tempo relativizar tudo o que fiz, essa velhice eu busco em momentos oportunos. O que me faz livre são os momentos vazios, longe de pessoas e vidas, longe de tempos e fomentos, longe de noites e obeliscos, longe de marcas, apenas por lembranças quero me preencher nesse instante.
Talvez eu seja vago para você, mas nunca estive tão cheio de sobriedade, penso e faço ao mesmo tempo, para que eu ao menos minimize a dor de ter passado por cima de minha pureza a troca da material e indissolúvel vida humana, pragmática a morte e ao desejo.
sexta-feira, 20 de maio de 2011
Noite Triste ..... Noite Fria
Falaria eu de algo que não conheço? Mas seria realmente alguém conhecedor de algo que nunca tenha apenas tentado e não conseguido? Poderia eu dizer que certas coisas em minha vida passaram por variações tristes e longas, nessa bela noite fria que encanta aos apaixonados, aqueles que não são retribuídos pelo mesmo sentimento percebem que apenas lhe cercam de amizades e falsidades. Em todo esse grande momento vejo que as pessoas unem-se em uma necessidade de não permanecerem só! E de que valem os relacionamentos passados, se nada passaram de frivolidades maquiadas em desejos e mentiras! Não é uma interrogação, mas exclamo em alto e bom tom.
Fiz um pouco para mim e muito para todos, não me arrependo em nenhum instante por isso, afinal, alguém foi realmente feliz. O que me restou desse grande segredo chamado vida, foram apenas às boas obras. E de valem sentir tanto orgulho para o outro, se para mim mesmo nada houve além de momentos? As mensagens que transpareço são em beneficio ao outro, sempre pensando que melhorem, que sejam feliz, mas em mim resta pouco além de amargura. Não que eu queira ela dentro de mim, ela me sufoca.
Desejos insípidos foram as variáveis e quando realmente tento demonstrar o lado humano do meu eu, vejo que apenas lembram-se muito de minha animalidade. Posso parecer tantas coisas, posso parecer tão valente. Mas nessas linhas não divulgadas a única coisa que me resta é a sinceridade do meu eu.
As correções por aqui não passariam, seria sordidez da minhas parte maquiar os meus sentidos a mim mesmo. Tanto falo sobre o abstratismo do outro, e nunca pensei no meu mesmo.
sábado, 7 de maio de 2011
Meu eu, amado Eu!
Essa introspecção de sentimentos que passa pelas minhas veias que me deixa menos afoito, me fazendo refletir sobre todas as ações e reações causadas no encontro interior pode parecer sombria por vezes, mas apenas eu consigo desmiuçar essa trilha de pensamentos condensados a momentos particulares; somente eu poderei refletir sobre a ação de estar menos pior a cada dia.
Estando assim tão isolado a mim mesmo é necessário vagar pelas veredas do passado próximo com uma foice desmatando todos os percalços que me abstraem da realidade. Me furto do termo casual da vida, das necessidades ditas básicas, para os bens de compra e consumo em apenas reflexão intrínseca do ego. Mas como me excito com as pequenas continuidades descontinuas do cotidiano, pelas atrocidades que presencio do humano assassinando um pouco de si a cada dia com o fomento de crescimento financeiro.
As intepretações que faço sobre a ação chegam aos meus olhos e ouvidos com tamanha agressividade, que mal conseguiria viver sem a presença de um interno pensamento agente, desvalorizado por muitos, conhecido por nenhum. E nessa primazia realidade desconheço mais o outro ao conhecer a mim. Indubitavelmente cheguei a conclusão que não existe mais forma de mudança que não fosse a morte da carne e representação que dela se faz, mas isso seria exterminar a minha cerne, copilar o espirito de forma cênica, algo que não desejaria jamais.
Estou satisfeito com a condição que a mim mesmo determinei, as ações que abalam meus lados nada são equiparáveis com o senso auto-afirmativo que tenho sobre mim mesmo. De fato poderia eu nascer novamente em outro corpo, mesmo que esse foi feito apenas de resquícios, a única coisa que gostaria de manter intacta seria minha mente ou que ao menos ela pudesse ter sido mais bem polida em sua meninice, talvez sofreria menos perante tanta ignorância.
quarta-feira, 4 de maio de 2011
Impossível (Particular)
Em um certo momento da vida procuramos fazer o mal, para evitarmos um mal maior. Pode até parecer egoísmo da minha parte, mas como todo bom ser humano eu fiz algo que realmente não me fez bem, aliás eu forjei uma situação para fugir de outra, isso teve um bom motivo. Você!
Colegas vão e vêm na nossa vida, amores não! Antes de você aparecer com aquele cabelo cacheado, com aqueles grandes olhos cobertos por uma sombrancelha espaça e esse tamanho desproporcional,eu já compartilhava de você internamente,de seus problemas, suas alegrias e frustrações. Foi uma conquista interna, nem me liguei no seu trejeito, nas suas formas, no que consideram esses idiotas, padrões de beleza! Eu não sei gostar de pessoas pelo o que dizem delas, mas pela forma que expressam sobre si, de como resolvem seus problemas, de como se divertem e riem, foi assim com você.
No calor da situação eu apenas sabia que você existia, mas não podia ficar perto demais, não podia te expor naquele ciclo de “amigos” que poderiam denegrir sua imagem, pode ter certeza que isso doeu mais em mim, ter que tirar sua companhia de perto também foi saber que ficaria e conheceria outras pessoas. Preferi realmente me isolar de qualquer sentimento que ainda estivesse perto de mim, me afastei, foi tudo aparentemente lógico, mentiroso e sórdido.
Não posso dizer que aquele sentimento morreu, ele apenas está guardado em uma caixa de pandora, a chave é sua e não minha; não serei eu a abrir isso a tudo e a todos; não consigo, sou fraco demais para perder apenas o seu comprimento de amigo hoje, por um desprezo futuro. Aprendi a perder, sem mesmo antes arriscar! Esse é o destino de um fraco.
Vou policiar meu sentimento para ver você aqui sempre, vou lhe respeitar, porque hoje você conhece a história, mas os personagens estão atrás do tecido que cobre o teatro das marionetes. Dizer seu nome nunca seria a melhor opção, vou ficar como uma coruja sem asas, observando sem reagir, me alimentando apenas do desejo e não mais estarei contigo quando você se relacionar, seria insuportável demais, até mesmo para mim.
“Que eu preciso dizer que te amo, te ganhar ou perder sem planos” (Dé, Bebel Cazuza)
domingo, 24 de abril de 2011
PARE
“Seu Cristo é judeu. Seu carro é japonês. Sua pizza é italiana. Sua democracia é grega. Seu café é brasileiro. Seu feriado é turco. Seus algarismos, arábicos. Suas letras latinas. Só o seu vizinho é estrangeiro.” BAUMAN, Zygmunt. Identidade. Editora Zahar. São Paulo, página 33
Vou fazer um endosso à crítica que a minha foi atirada, pela referência do crítico. Em paralelo a sua realidade sócio-cultural levo em conta suas observações, se a mim forem dirigidas como construtivas, em caso oposto seria apenas picuinha. Graças a esse grande poder de percepção da diferença latente que foi encontrado, existo. Pense ao contrário senão houvesse a crítica a nada, seríamos igualmente visto e nunca notados.
Postergadas foram às experiências que me fizeram da forma que hoje estou, porque na verdade nunca fui e seremos nada, sempre estaremos e constante condição mutável de transição. Rotular o sujeito como ser em um sentido biológico, é similar em nossa cultura ao identificá-lo ao ser imutável, sou médico, por exemplo. Nenhuma condição é constante para a realidade humana, hoje posso ser médico, mas sou também pai, tio, motorista. E quando somos muitas coisas, uma certa carga de rótulos devemos preservar para a nossa condição moral de sermos reconhecidos.
O signo do ser é sua constância, nunca sua mutação. O ser humano usou todos os adjetos que a linguagem pode lhe proporcionar para qualificar ou desqualificar uma condição, adicionar uma ação contrária à outra. Ao condicionar um sujeito em delimitada função social, do qual aparenta não mais poder sair do rótulo por limitações em determinadas normas e regras de conduta que não podem ser quebradas, uma posição estanque lhe cabe.
Para contrariar o ser, o verbo estar dá maior flexibilidade ao ser humano, que não mais será e sim estará em condições divergentes para cada contexto social do qual participa. O arcabouço que articula tal idéia é representativo, estando mais ligado aos signos anteriores que em seus significantes que se estendem ao significado. Por um simulacro a realidade social, palavras são ditas para discursar perante as atitudes dos sujeitos, tornando-os limitados à condição de imposição, colocado pelo agente discursivo, aparentando até fidedignos incontestáveis os sujeitos.
A proeminência do verbo ser no discurso generaliza como um culturalista as pesquisas das áreas humanas, torna o sujeito menos subjetivo e menos inarbritrario as suas relações sociais, manipulando as ideologias e conceitos de o que é ser algo definido e estanque. Vejamos um exemplo; cada sociedade tem uma visão sobre um tipo de sujeito, porque ele foi caracterizado por definições estruturadas anteriormente a sua existência, advinda de um conceito moral e tradicionalista, pode ser ele reformado e reformulado para o seu tempo, mas nunca deixará sem suas raízes afirmativas, contextadas ou não. Seu histórico formalista passa por um processo até chegar a tempos presentes.
O feio, somente é feio pelas características da feiúra e não pela sua existência da mesma em um determinado indivíduo, uma série de aspectos que determinam à feiúra são demarcados por um sujeito ou por um grupo de sujeitos que a querem contrastar com a beleza que julgam. Não existiria a possibilidade de segregar a feiúra da beleza, pois uma independe da outra, os antônimos são construídos no discurso e modelados para designar as características dos sujeitos, o que limitaria que o feio tem certos aspectos que o belo não tem, fazendo-se então somente feio está no discurso descritivo.
Portanto, as definições ao qual o sujeito passa a vida toda buscando ter com seus títulos, nada mais são do que acontecimentos que ficaram em um passando, estando ele agora em outra realidade que não pode ignorar sua história, mas também não pode apenas viver dela, a continuidade é parte da existência humana e sua construção deve ser baseada não somente em experiências pessoais, mas em reflexões anteriores a sua existência.
O que nos fazemos ao rotular determinado sujeito é enquadrá-lo para melhor significação pessoal, apenas por estética e fetichismo, então os nossos vizinhos não são mais diferentes do que nós, em sua visão de mundo também temos características dissimulatórias que nos aproximam e nos espantam.
PS: não estou buscando compreensão alguma sobre minhas reflexões, portanto seus comentários serão considerados anacrônicos a meu posicionamento!
domingo, 17 de abril de 2011
"Best Seller"
Hoje escrevo a você pequeno ser que ousa enfrentar a realidade de forma corajosa, que dignifica dentro de suas linhas apenas critérios imperceptíveis a olhos despreparados, nunca sendo realmente representativo em suas defesas por não conseguir configurar ou travestir sua obra de dominação, conforme lhe é proposta uma grande edição livreira. A mim nada cabe senão zombar de sua sinceridade, pois a ela dou apenas um prato de restos. Não me interessaria ver suas parafernália de palavras entrelaçadas em um contexto factual e nada consegue além dela.
Sua miséria foi imposta pela vicissitude do tempo. De que vale sua linguagem rebuscada e seus termos compelidos em manuais filosóficos, históricos ou literários (academicista), se nada mais leem os outros muitos que desconhecem sua formalidade, os conceitos do qual enche as notas de rodapé? Nem ao menos querem se preocupar em termos conceituais, e os poucos que o fazem ainda conseguiram passar de meros citadores de suas obras, objetivando a ascensão.
Digam-me aqueles legitimadores de linguagem, o que mais querem nesse mundo comprado o que mais dirão a diante para persuadir? Até que toda a idéia seja realmente envolvida em um grande tapete e jogada para fora da todas as casas, nada mais tenho além do medo em sentir aquele asco por tudo o que me foi oferecido quando menos entendido. Aquelas linhas entravadas de momentaneidade que são ditas constantemente e montadas sobre riquezas materiais, falando das fatalidades e de possíveis finais felizes. Oh, roubaram toda a essência da compreensão e o ser pequeno que para poucos escreve nunca tem seu valor antes da morte, reconhecido pelo número de experiências analíticas, baseadas em outras anteriores e tão pouco requisitada pela massa.
Alguns mediadores de ciência ainda conseguem enxergar em pequenas distribuições de livros a produção nacional, as teorias fundadas e pesquisadas, mas não existe obra lançada sem antes uma revisão por uma equipe. Tende-se uma outra grande questão, mesmo sendo a obra direcionada a academia, do que vale revisores especializados em obras anteriores para filtrar a linguagem do escrito? Seria esses compiladores de ideologias disfarçados ao acaso, fingindo ser colegas de trabalho?
O aparato irracional que permeia a sociedade chama-se “Best Seller”. Tolos são os expectadores que de nada fazem nessa obra a não ser apreciar uma realidade melindrosa e articulada para a venda. De pouco vale esse lixo social pairando pelas estantes em destaque ou em anúncios de ineditíssimos. São manuais de como ser e não ser, como fazer e não fazer, de finais felizes e infrutíferos, mas esse não é o problema, a questão toda está sobre a forma que esses textos periféricos são construídos, sem nenhuma fonte de inovação literária, nem mesmo um vestígio da antiga em estrutura, porque na verdade não são. Obra de lucro, obra de obreiro, aquele que trabalha em sua construção inspirando-se no valor material que irá lhe gerir até a produção de outra.
Estaria eu louco por tanta parafernália constitucionalizada que não posso enxergar beleza em tal tipo de sujeito, que vende-se (não sei claramente a custo de que, pois sua produção nada mais tem do que reprodutora) falando e pouco inovando, alterando os personagens que nada verdade parecem-se muito com outros educativos da idade média. Obras feitas para educar em padrões, alertar em moral, distanciar da escrita artística.
sábado, 16 de abril de 2011
Na epiderme
Tentativas frustadas de encontrar a felicidade em lugares onde no máximo pode alcançar uma imitação de felicidade, sendo ela mesma tão mentirosa que apenas tampa a infelicidade da busca, como um grande espaço de letras vagas que buscam respostas variadas por várias interpretações. E por aí você anda e cria, vive e revive situações e momento. Amanhã quando acordar vai perceber que as coisas mudaram pouco, o efêmero momento foi degustado com duas doses e algumas cervejas.
Bendita depressão, aquela que lhe coloca no colo e nina com músicas, aquelas mesmas ouvidas na noite que se passou em que você diluiu gelo e limão com seu suco gástrico, e depois de toda a encenação da felicidade a única coisa que lhe resta e parar e continuar seguindo mesmo caminho, onde és infeliz em cinco dias da semana e se contenta com as falsetas ou ainda posso colocar como facetas da felicidade? Defina como quiser, não haverá compreensão em tamanha subjetividade, seres complexos.
Houve uma grande avaria na sua interpretação de mundo, sua realidade foi tomada pelo trabalho e os seus fins de semana sobre o esquecimento dele, mas isso seria apenas um pequeno grão de areia em seus olhos, olhe quanta terra ainda tem que tirar dos seus pés quando seus olhos pararem de arder, e quanto mais limpa com as mãos sujas menos lágrimas achará que tem.
quinta-feira, 10 de março de 2011
Do Nada
Hoje eu quero falar de NADA...
Eu me encanto pelo nada, sempre me encantei, porque o tudo sempre ocupa tanto espaço e o nada, pela oposição do significado por si só em espaço algum ocupa o campo, ou estaria eu errado ao concordar com essa frase? Se o tudo ocupa o espaço, complementa o vazio do nada, do que seria o nada sem o espaço vazio? O nada existindo pela vaguidão do espaço não deixa de ocupar o espaço apenas porque o tudo (seu oposto) existe como preenchedor. O erro em dizer que o nada não ocupa espaço está em confundir o nada (termo), com o (nada) vazio. O termo que designa o nada leva a crer à existência de um espaço vazio, esse espaço que nada tem, ao mesmo tempo é preenchido por um substantivo nada.
quarta-feira, 9 de março de 2011
Inspiração ou cópia?
O que seria necessariamente inspiração dentro de um contexto frívolo? Certo que o sêmen da frivolidade, tendo em vista que a inspiração (em sentindo orgânico) se dá em instantes, assim como a expiração por seguinte, considerar no campo das efemeridades da moda a necessidade de sempre alternar a expiração com a inspiração, lembrando o quanto são rápidas e passageiras.
Fazer uso de inspiração para criar a tendência é pensar em um conjunto de estruturas que possam dar um novo significado as estruturas já existentes sobre o olhar do criador, como Niemayer fez em seus projetos edificadores; como Coco Channel pela luta da simplificação dos movimentos; ou ainda como Picasso que “picotilhava” o objeto em pequenos fragmentos que sustentavam a forma final de seus quadros.
Não existe diferença entre escrever sobre algo e inspirar-se para qualquer coisa, uma composição inspirada é remetida pelas simples lembranças. Quando o criador termina sua peça logo vem a pergunta dos jornalistas que tendência é essa? De onde saiu a inspiração para criar? O porquê dessas perguntas vem de uma resposta óbvia, o homem não consegue permanecer sem respostas para sua própria criação. Porque da Guerra? Para uma pergunta sempre é exigida uma resposta.
Pense agora se você criar algo e não quiser dizer por que criou e qual sua utilidade, tudo bem, mas a sua inspiração deve “SER” naquele instante o foco da necessidade, ali agirá a venda para o mercado [porque os que fazem as perguntas já legitimaram por compra dos investidores seus lucros futuros, de acordo com o merchandising pago].
Infelizmente o homem deixou de produzir arte por prazer, deixou de desenhar, escrever, modelar, costurar, todas essas coisas foram vendidas ao trabalho. A arte é lançada com o ar prestigioso de um divino inacessível à plebe, a arte ignorou seus mantenedores primários (a classe trabalhadora) e assentou ao lado da luxúria; a arte cegou-se. E agora me pergunto, pois, de onde vem a inspiração? Da natureza mórbida de Firenze? Das dunas do Maranhão? Do Alpes Andinos? Ela vem de qualquer lugar onde pode ser vendida.
O que um dia foi expirado e depois concedido como expiração pelo advento da inspiração, foi construído tão rapidamente quanto um castelo de cédulas que teme a chegada do ventos nórdicos. Um pano em branco, uma tela em branco, uma mente construindo que paupeia sobre os objetos novas formas, o trabalho humano mais glorificado como digno de santuário foi vendido a poucos. E hoje, o que mais nos inspira são a pobreza e a fome.
quarta-feira, 2 de março de 2011
TU
Lup, acho que estou gostando de alguém, sinceramente eu não queria sentir isso, porque parece que na nossa vida, tudo tem começo, meio e fim, o que me preocupa é sempre o fim, e de todas as experiências de meus amigos, nenhum fim não deixou de ter choradeira e sofrimento. Mas acredito que a vida seja um ciclo de felicidade e falta dela, tenho que ser realista, se não arriscar nunca saberei como é, e afinal de tudo eu sempre quis ter quem tenho hoje do meu lado, não sei se vai durar alguns segundos, minutos, meses, mas eu creio que isso possa ser bom para mim. Só que nada é perfeito, não é mesmo, as pessoas não são, eu também não sou, reconheço isso.
Tenho que confessar que tem um “Q” de pecado nessa história a segunda pessoa do plural envolvida eu vou chamar de “TU”. Então, Tu é assim meio complicado, meio revoltado, cheio de idéias mas com poucas atitudes. É cercado de pretéritos amigos, mas de pouco amor, Tu parece ser mais sozinho do que eu.
Isso que eu pontuei sobre tu não é defeito, aliás o ser humano não possui defeitos morais, depende do tipo de moral que você segue; o que Tu tens são qualidades, muitas, e podem ser facilmente moldadas de forma útil para ti mesmo.
Agora meus dias tem se passado muito bem obrigado, depois do meu retorno comecei a repensar varias coisas, revi algumas pessoas que queria e outra nem mesmo fiz questão de ver, mas passaram por mim, andei passando um filtro na minha vida, não quero mais exposição, nem mesmo interrupção sobre minhas atitudes. O que mais almejo agora são minhas metas.
Foram-se os tempos de diversão, agora o tempo é de compreensão. Revisão
Tenho que confessar que tem um “Q” de pecado nessa história a segunda pessoa do plural envolvida eu vou chamar de “TU”. Então, Tu é assim meio complicado, meio revoltado, cheio de idéias mas com poucas atitudes. É cercado de pretéritos amigos, mas de pouco amor, Tu parece ser mais sozinho do que eu.
Isso que eu pontuei sobre tu não é defeito, aliás o ser humano não possui defeitos morais, depende do tipo de moral que você segue; o que Tu tens são qualidades, muitas, e podem ser facilmente moldadas de forma útil para ti mesmo.
Agora meus dias tem se passado muito bem obrigado, depois do meu retorno comecei a repensar varias coisas, revi algumas pessoas que queria e outra nem mesmo fiz questão de ver, mas passaram por mim, andei passando um filtro na minha vida, não quero mais exposição, nem mesmo interrupção sobre minhas atitudes. O que mais almejo agora são minhas metas.
Foram-se os tempos de diversão, agora o tempo é de compreensão. Revisão
terça-feira, 1 de março de 2011
Manda
Minha casa tinha a fortificação de um instituto nuclear, soldado a chumbo, onde nem mesmo radiação entrava, um dia eu abri a porta e algumas bactérias entraram, mal percebi eu estava preocupado demais com o presente e suas mágicas ações diárias. De certa maneira eu vi essas bactérias entrarem, me infectaram, me senti mal por alguns dias, me senti pior ainda por alguns anos, mas nunca imaginei que essas bactérias eram mais que isso. Minha casa virou centro de criação de bactérias, com um lugar propicio para se proliferarem em um local arejado, tornaram-se hospedes de mim mesmo.
Um dia minha casa foi demolida pelas bactérias, foi como em Tróia, me atingiram por dentro, me feriam no ego, malditas e impetuosas armadilhas do viver; eu tive que me retirar de lá por algum tempo e deixar aquela casa, foi um curto período de tempo, mas eu sai. Entrei em uma casa de palha, não tinha a mesma estrutura que a casa de chumbo, mas estava sujeita a não virar centro de criação de bactérias, elas poderiam entrar e sair facilmente sem me prejudicar diretamente, vivi bons dias nessa casinha de palha, mas senti a necessidade de voltar a minha casa, não quis voltar a casa de chumbo, tive medo da infecção. Fiz apenas uma visita a casa infectada, mas não gostei do que vi.
escreve
As vezes eu nem sei mais porque eu escrevo, se somente me serve e nada mais se serve disto, penso coisas que por vezes penso que ninguém pensaria em ler; por vezes ainda acho isso fantástico, porque me sinto um caçador de hieróglifos e significantes apenas meus. Me sinto bem quando escrevo e somente eu leio, sinal da importância de mim para mim mesmo, escrevo para mim, é como mandar uma carta para minha própria casa descrevendo as atividades do dia anterior.
Mas o que escrevo tornou abstrato a realidade que meu físico passa, a ignorância pesa sobre meus ombros, não que sejam minhas, são mais de outros, não que eu não seja, mas que tenho a convicção de ser menos [ignorante], creio.
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Sem medidas
Tenho dois dedos de água
Mas não tenho uma mão para tanta água
Porque são dois dedos que nunca tive
Não saberia medir essa água em minha mente
No meu país as pessoas não tem dedo, mas temos água
No meu mundo as pessoas tem muita coisa, menos medida
Tentamos medir muita coisa, mas nem mesmo a altura eu sei medir
Porque no meu país não temo medida
Apenas aqui temos números
Mas não sabemos como usar
Os muitos que temos devem estar em livros
Do resto, sempre vejo alguém passando mão em nossas cabeças e falando números
Mas sabe porque eu sei que no meu país não tem essas coisas que agora sei que existem?
Porque o meu país perdeu as águas antes que eu nascesse
Porque os dedos foram substituídos por armas
As armas substituíram as medidas e nada mais foi pensado..
Não foi medido o tempo, não foram medidos os dias,
... a quantidade de água, nem mesmo mediram o tanto de dedos que perdemos nesse dia
AVC
Sentimento que resplandece,
Clareia o dia, cheio de cores da vida
Sentimento que não sabe ter limites
São tantos ao mesmo tempo
Mas ele é intrínseco
Dentro dos corpos, não deixe ele fugir
Quando dois corpos se distanciam
Duas mentes se calam
Sentimentos que choram sem saber
Insanidade macabra do ver
Podemos debulhar todas as nossas dores em palavras
Mas o sofrimento não está distante
Perambula pela enfermaria
Corre de maca, carregada por uma equipe
Mas o sentimento grita mais alto
A maca está deixando um rastro de sangue
Quem buscou a mente?
Onde estão os corpos?
Foi somente um susto
O sentimento teve AVC
O restaram foram apenas as almas pálidas
Sem a cor do sentimento...
Vamos correr pelo campo novamente
Procure o sentimento no fim do arco-íris
Ou ainda dentro da minha íris
Tudo junto e misturado
Sabe quando você tentar fazer diferente e derrepente parece que tudo foi igual as outras vezes? Quando você acha que está seguindo no caminho certo, mas as trilhas te levam ao mesmo fim? De fato isso não para de acontecer, parece que estou preso no ciclo desse corpo e que nada que eu fizer ou pensar para que seja de forma diferente vai mudar esse meu ciclo, é como parte de mim, um braço, uma mão, uma perna; pois então Josué o que devo amputar para tirar esse carma de mim? Amputar minha alma ou meu corpo por completo?
Nos achamos tão senhores de nos mesmos que nos deparamos com os outros de forma infeliz, podemos tudo e os que nos cercam nada podem sem nós. Mas não é bem assim, um projeto depende de moduladores, aqueles que vão trabalhar nele, que vão fazer a planta, que vão erguer as edificações, sempre precisamos de alguém, e somente hoje eu percebi que não consigo nada mudar sozinho. Seria realmente um erro tentar ser algo diferente do que sou hoje?
Talvez uma cobaia, um troféu, não sei bem dizer o que me pareço nesse estado perecível da vida, mas nada de muito útil que deva ser mantido por muito tempo, essa é a razão do meu ser então? Perecividade ou maldade que afeta outros? Então, convenhamos que devo me afastar das relações que sempre tento manter, amei demais as pessoas e derrepente elas se voltaram contra mim, isso seria bom ou ruim? Ou será que meu amor envenena?
São muitas questões para apenas um problema que eu não consigo achar saída sozinho, mas eu creio que esse seja o ponto, sempre buscar a opinião de alguém, sempre precisar de alguém para falar, isso entope meus ouvidos de dor. Creio que o isolamento deva existir para que as minhas decisões sejam tomadas sozinhas, não estou preocupado com o que possam pensar em mim, não quero pensar em nada que não seja voltado a mim, chegou a minha fase de egocentrismo, quero mais é esquecer que os outros existam.
Hoje tenho apenas alguns apontamentos para fazer a você sobre o que realmente eu senti durante alguns refluxos de abraços e beijos, que não me pareceu tão distante quanto a mim, nem somente desejo de sexo, pois se o quisesse dessa forma teria feito sem seu consentimento, pelo contrário, eu respeitei.
Não sou de muitos gestos, nem mesmo olhares, me perco mais nas minhas próprias palavras que se confundem com as atitudes dos outros, no fim tento tanto me diferenciar que acabo no mesmo embalo que os outros, na mesma história, com os mesmos figurantes.
Todas as pessoas que passaram na minha vida, sejam como amigos ou flertes, sempre me deixaram algo de bom (ou de ruim), o que posso contar como experiência, não que seja vasta, mas ao menos foi aditiva. Não tenho muito o que reclamar, por conhecer pessoas e fazer ‘colegas’, faço assim facilmente, mas não posso me deixar em um caminho de depressão cada vez que alguém sai de perto de mim. Tenho algumas necessidades sim, assim como vários outros, sou homo sapiens e de acordo com algum idiota sem tempo dizendo que eu tenho sentimento, devo então me portar com todos eles na vida, quando vem tudo junto, pode saber que é depressão.
Para certos maus eu tenho solução imediata, a melhor é desprezar.
quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011
Look Me
Amo site de fofoca e fotos de baladas, tem sempre algo para agregar em nossa vida, Exemplo, site de fofoca nós podemos saber da vida do artista que passa na TV, revista, rádio, que é "gente como a gente" na rua! Oh, novidade cruel essa em saber que ele também é homo sapiens, achei que fossem vikings! Mas isso é perfeito, posso saber como fazer para a minha vida dar certo como a dele sempre dá, já que ele é da mesma classificação biológica que eu!
Mensagem dedica ao Ego, aquele que fica atrás dos nossos sorrisos quando nos sentimos em foco, digo isso de todo o homem nogento como eu também não me excluo de ser.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Seu "A"
Transcende o Meu Pesamento, com giz de cera
o Risco que segue em toma única
Tem uma ponta dupla
São as pernas do seu "A"
E quando seus rabiscos tomarem forma
Sentirei a sequência do seu nome tatuado em mim
Que parece o que for, para quem for
Para mim parecera o sangue
Aquele que une pela essência
Cheiro de alecrim verde pela casa
Cheiro de novidade!
Gosto pelo seu amor a arte
quinta-feira, 20 de janeiro de 2011
REVISTA VEJA
O Banco Mundi citado pela VEJA é o bom moço de boas ações para a melhoria do ensino no Brasil. Com a inclusão de um método de cronometar aulas e esquiparar valores externos com os nacionais. A realidade estadunidense é obviamente contrastante com a nacional, a pluralidade de culturas é ainda maior nas regiões pesquisas. Como o próprio Roberto Da Matta mesmo coloca em um Ciclo de Debates: Estado e Sociedade, “temos as mesmas leis de trânsitos estadunidenses, mas as placas tem formas diferentes, a legislação sobre infração tem uma ação diferenciada que no Brasil, do que adianta o mérito da comparação?”.
Os disseminadores de reportagens como essas trabalham qualitativamente para inclusão de ideologias infundadas, baseadas em pesquisas técnicas como a própria reportagem coloca, não existe pesquisa cientifica. Onde está a Vygotsky em citação a tais afirmações? O que a antropologia fez nesse instante? Tirou férias para não ser consultada sobre tal tipo de pesquisa.
O Banco Mundial tem interesses classistas na nomeação de seus membros, onde o controle deve ser mantido para todos os meios, a educação é mais um deles, quando os professores são cerceados por “chicotes e grilhões”, se a escravidão se passou foi apenas na aparência, os ideais estão sendo tomandos. Acham que realmente se interessariam em um bom ensino, um Banco – Grupo Financeiro responsável por distribuir miséria e caus econômico? Se fosse realmente assim, seus filhos seriam todos estudantes de escolas públicas.
A Revista Veja se mostrou mais uma vez pobre de afirmações, baseada nos interesses elitistas. Realmente acham que o problema está na sala de aula? Tente conciliar crianças de 10 anos com marginais que você sabe que estarão no fim das aulas na saída da escola usando droga; tentem dar um prato de comida pra cada criança após as aulas; tentem manter seus pais perto dos livros para ajudar a corrigir as atividades.
A escola, não é apenas sala de aula em espaço físico, é composta por sujeitos individuais carregados de bagagem individual que não tem pais presentes para falar o que pensar, encontram na escola o melhor lugar para socializar com iguais sobre os acontecimentos de suas vidas, tirar a voz dessas crianças e impor um regime de “Fala que eu te escuto” é retroceder com palmatórias sociais. Pense em quanto ganha um professor.
Olhe nessa foto a quantidade de informações que está disponível, são mapas e uma estrutura de corpo humano. Nas escolas estadunidenses os professores tem as salas, os alunos que se deslocam até elas, existe todo um material disponível. É Muito mais fácil comparar os bons frutos do outro com o tipo de colheita que foi semeada.
domingo, 9 de janeiro de 2011
(Des)Encanto
E 'giunto il momento!
Come cambia, né è il tempo che cambia, è le nostre azioni che rendono il giorno sia pioggia o sole. Alcuni giorni ci godiamo il bel sole per una bella passeggiata nel parco, ma ci sono altri che semplicemente godersi la pioggia che cade e si a casa a guardare un bel film, mangiare popcorn. E 'importante sapere che ogni giorno è bello, che fa a stare meglio o peggio è il tuo punto di vista.
Oggi non ho modo di preimpostare il mio giorno, ma devo dire che sarà molto strano. In particolare non ho nulla contro questo, ma volevo davvero vedere le cose in modo più calmo e liscio. Credo che troverò qualcos'altro da fare e lasciare la vita di fronte a quel computer che ha solo me causare danni. Ho il dono di avere più problemi, ma non sono il mio unico incontro con il M gente preoccupata che dicono di avere un problema, ma dopo diversi spettacoli, o anche probabile che il sesso soggetto e nulla più.
Lascio questa volta per mano degli uomini, sto lasciando la mia mano questo tentativo di provare a pensare che qualcuno davvero nato per me, e viceversa. Devo mantenere la calma, devo fare il mio tempo e di sbarazzarsi degli intrusi che gli agenti fanno il mio giorno nuvoloso per una gara o la mia giornata di sole per popcorn e una coperta.
Sono sempre stato entusiasta, sempre io!
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