sábado, 7 de agosto de 2010

o Português foi assassinado por Dois.


Baseado em fatos reais

Um dia eu vi uma morte, fique muito triste ao perceber que um grande amigo meu havia sido assassinado, seu apelido é Portuga; o pior foi saber que ele foi assassinado pelo seu irmão, aquele que sempre andava próximo, de um lado para o outro. O Portuga gritava todas as manhãs, acorda margem e o Margem mal conseguia ir a escola, quando fazia havia tanta remela dentro do olho que mal conseguia acordar, a única coisa que o margem conseguia fazer era levantar como sonâmbulo e se dirigir a escola com seu irmão Portuga.
O Portu tinha uns amigos bem legais, todos inteligentes, fascinados pelos seus pertences, mas sempre tinha um ou outro que não gostava dele, pior de tudo que esses eram na maioria amigos de seu irmão, o Margem.
Uma certa ponte foi criada entre esses dois irmãos com o passar dos anos, isso se deve ao fato de que o Margem tinha uns amigos barra pesada, como ele mesmo dizia “tenso”, mas isso nunca incomodou o Portuga, porque o seu mundo tinha tantos verbos que mal ele conseguia ter tempo de perder com as bobagens que seu irmão falava. Constantemente eles discutiam sobre as formas mais corretas se dirigir a professora dentro da sala, o margem gostavam de “acelerar” a escrita, assim acelerou também a linguagem, logo em seguida se estendeu a malandragem, seu vocabulário piorava a cada dia, mas isso deve-se em grande culpa as pessoas que diziam ser amigas e nunca deveriam ter recebido diploma na vida, pois só sabiam falar mal das pessoas e não agregavam beneficio nenhum a sociedade.
Certo dia o Portuga estava andando pelas ruas, quando viu seu irmão andando com um sujeito com uns dois anos de idade mais velho – levando em consideração que o Margem tinha 13 anos – esse seu amigo novo já era um sujeito a se desconfiar, ele tinha sobrenome de Marinho, andava sempre perto de um tal de Coelho, que era chegado do Sarney, um trombadinha que andava pelas ruas de Recife tentando enriquecer. Esses meninos estavam tomando rumo desconhecido, mas o Portuga notou nas mãos de seu irmão seus livros novos, foi atráz sem muito se aproximar para ver o que estava acontecendo, mal sabia ele, que era apenas uma enrascada, seu irmão estava do lado negro da força – nada de Star Wars, mas sabermos que o Lord V tem uma séria ligação com os acontecimentos.
Os ditos ‘camaradas’, como se dizia ainda na época estava planejando um sacrifício, o Sacrifício da moral e do Portuga, tinha a intenção de controlar as idéias com novas formas de fonética e estéticas, sejamos realistas, dizia o Coelho, “ senão eliminarmos seu irmão, logo será uma grande arma contra nós”.
Em mundos cronologicamente diferentes aos humanos esses sujeitos que mais pareciam-se com seu sobrenomes – para meio de distorção – acabaram assassinando o jovem Portuga, com a intenção de substituílo. No funeral da missa fúnebre, descrito na lápede assim estava;
“Ao jovem Português Nacional, derivado de muitas culturas e muitos verbetes faz-se vítima de Marinho, Aquele que um dia será Roberto e seu comparsa Coelho, que se chama Paulo. Para distorcer as mentes fracas e as linguagens suprimidas” Um bom filho, um bom pai. Mais apenas um Português assassinado com ajuda do seu irmão Margem, aquele que se tornou marginal, graças ao centro.

preconceito eu não tenho.. JURA?


Tenho alguns bons momentos para refletir sem o barulho do meu cp3, que tenta silenciar o sons dos carros, metrôs, buzinas e pessoas que me cercam constantemente. Esse frenesi da cidade grande me deixa louco, fico sem pensar, ou as vezes penso demais em várias coisas ao mesmo tempo que nada é realmente sistematizado, me sinto um portador de síndrome de Down. Não que isso seja ruim, mas já estive em fases melhores, onde não precisava analisar todos os meus passos e ainda os dos outros, não também que isso seja medo, mas existe algumas particularidades que ainda não consigo desvendar nesse muro de concreto, talvez sejam os pilares simbólicos que não escalei. Nem que eu quisesse poderia conhecer a todos eles ao mesmo tempo em minha vida, no máximo analisar um ou outro de forma mais singela, com algumas citações generalizadas.
De formas avessas as realidades que já ocupei dentro de toda a minha existência a experiência me faz julgar coisas que eu não gostaria de julgar, até porque me sinto um preconceituoso a fazer isso, analisando o que desconheço apenas o símbolo que um pilar ocupa dentro da sociedade. Querendo ou não, ainda me torno um sujeito normal como outro qualquer, condicionado a ter percepções iniciais – mesmo sendo falsas – e nesse breve instante me sinto humanamente ignorante, elevado as contradições antropológicas que eu mesmo um dia li e re-li.
Os pilares que me sustentam hoje são de nível bem mais avantajados que os que me sustentavam antigamente, vivia eu na meninice do nada, na mesmice de todos, certo dia resolvi então me perceber não apenas como mais um, diferente de todos, consegui isso em méritos próprios, mas de tão pouca experiência ainda me torno pequeno e fraco, irreconhecível por muitos e criticado por muitos, assim como um dia eu fiz igual. Esses pilares sociais culturais simbólicos nos embreagam de possibilidades.
Poderia eu ter me tornado qualquer coisa que o meu meio permitisse, mas felizmente nada me tornei hoje além de um leitor que admira e ainda faz julgamento pequenos, tamanho sou eu perto dos homens que passam e transitam perto de mim, que mal reconhecem a si mesmos. Sorrio muito por dentro quando as aparecias enganam sobre a minha pessoas, mais ainda quando essas aparências não me trazem adição alguma. Julgar os fatos apenas pelos atos é tão mais preconceituoso. Por isso mesmo vivo, para experimentar cada vez mais...

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Estado


Logo após a sua formação inicial o indicado dentro do país é que você comece a atuar dentro da área, mesmo antes com o estágio. Mas quando as realidades acadêmicas e escolares se chocam existem um processo burocrático na educação pública que determina esse choque, um processo que está nas entre-linhas, que transforma toda a teoria universitária em pó.
Dentro da escola busco sempre ponderar as realidades para que não haja choque, a compreensão humana ainda é outra problemática a se deslocar nessas vertentes, pois se tratando de alunos com aspectos culturais diferenciados, existe antes de tudo um preparo para que o mesmo seja inserido dentro da escola, pois dentro de seus lares o contato é feito primeiramente com pais, parentes e vizinhos, onde os limites são íntimos e com particularidades diferenciadas. A medida que os alunos são inseridos dentro de um novo campo social – a escola – eles tem ainda que se desligar do tradicional conceito intímo-familiar de convivência, adotando um novo padrão de ação para esse espaço, esse alterar o comportamento por novos padrões são desrespeitados pelas LDB e PCN que impõem as ações educacionais.
O conflito não parte da ação dos PCN’s, mas de todo o emaranhado burocrático de orçamento escolar minimizado que deixa o aluno a quem dos saberes de convívio que realmente necessita, sem um tempo necessário para compreender o seu novo espaço de socialização. Os alunos acabam trazendo suas tradições familiares para dentro da escola, como um segundo lar.
Essa é a importância do investimento do ESTADO na educação que falta, pois se o mesmo tem condições de sulgar todo o tempo dos pais para o ensino de princípios, moral e ética de convívio, deve ainda preocupar-se com as crianças que são deixadas em casa ou ao léu da realidade escolar para serem educados por pessoas que mal são conhecidas da família.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Palavras




A cada espelho, a cada segundo eu vejo apenas o reflexo da sombra que permeia o encantador e nórdido maramos da vida. As precisões tornaram-se incalculáveis nesse eixo de necessidades continuas, onde uma se desdobra perante a outra. Cada instante que cintila a paisagem de um novo recomeço é sempre afogado pelo aproximar de um fim, creio que ainda existam crendices sorrateiras que me deixa cego perante a realidade viva, mas aproximo a cada dia a realidade de uma concentração de subjetividade própria.
Se o fim fosse conhecido ou mesmo próximo esse espelho já teria se virado e poderia eu começar a enxergar a mim mesmo em um milésimo de segundo humano, e na compreensão dos que ficam tornar-me-ia apenas um passado de segundo que um dia foi presente, porque estaria acasalado pela morte mais furtiva. Pela crendice religiosa seria então colocado esse espelho perante meus olhos e tudo que um dia parecia longe de ser visto agora pode ser compreendido.
As possibilidades são variadas, mas enquanto ainda não me encontro comigo mesmo – ou ainda posso dizer, que as possibilidades não me encontrarem – vou efetivando um plano por vez, achando os perdidos rubis que ofuscaram os olhos de muitos e ao mesmo tempo mataram aos poucos. Não busco essa morte para compreender, quero apenas o que todos realmente desejam mas não tem coragem de dizer, descobrir o que não nos é possível compreender em vida material.
Hoje posso até me afogar em letras e linhas que parecem não compartilhar de nenhum sentido, mas você realmente não precisa compreender o que eu escrevo, o que interessa nessas linhas são os sentimentos expressos. Tais aqueles mesmo que se perderam em você um dia FL, hoje postei umas fotos suas, mas estão bem escondidas para o público, não que me seja uma vergonha dizer que um dia fui um idiota e não dei valor a você, mas por saber que um dia poderia ter sido realmente feliz e não deixei que isso acontecesse. Arrependimento agora não é a solução, mas creio que essa mágoa saia de dentro de mim quando eu postar isso.
Preciso escrever, falar de mim e das coisas que me afligem, sinto-me complicado demais para falar tudo de uma vez só para alguém, não teria essa coragem – aliás, hoje não tenho essas pessoas perto de mim – devido a essas e outras, hoje penso nas novas necessidades que postulei na minha vida como essenciais, deixei algumas coisas de lado que achava serem essenciais, mas só terei certeza se segui o caminho certo após algum tempo.
Fico feliz em desabafar com alguém, mesmo que seja com você em linhas, mesmo que seja comigo em letras, mesmo que seja em tradução repentina e impensada.