sábado, 23 de março de 2013


Sendo a ética é uma variável prática da moral, poderíamos então compartilhar a idéia de uma doutrina que não é ortodoxa atuando no espaço das relações. Amparada por um contexto de significante e significados, as premissas das quais estão geneticamente ligadas a moral, são então ligações ignorantes de nossa realidade, das quais recebemos em pequenos provérbios desde a nossa meninice.
Ao atuarmos como sujeitos sociais em nossa infância, recebemos um complexo e infinito número de informações sobre as relações das quais passaríamos em nosso ciclo de vida, talvez seja um alerta intrínseco irracional de nossos progenitores, ou ainda advertências sobre as suas experiências (mal ou bem sucedidas), das quais os mesmos nos transmitem em um tom de alerta. Seja qual for a premissa da moral, ela é dependente de seu interlocutor para com suas ações compartilhadas com a criança. Sendo passiva de ser realmente ética, ou apenas discurso o sujeito infantil tende a formar suas próprias conexões relacionais com outros sobre um complexo jogo de possibilidades que se dispõem no decorrer de sua formação, que nunca irá cessar até o fim de seus dias.
Esse artefato genealógico, transmitido pela sua família não é o único condicionante para sua formação final, pois sendo ele sujeito social, sua gama de relações está infinitamente ligada com o mundo pela tecnologia da informação. Advertir sobre as condições sociais aos quais os sujeitos estão dispostos é a primeira condição racional nunca feita, pois existe uma sujeição aos paradigmas morais, dos quais muitos sujeitos ainda não assumem para si; um medo confuso sobre a sua condição e suas escolhas, pode exemplificar sobre a formação de seus filhos uma dúvida ao erro dos quais os pais não assumem em seu passado com transparência.
O homem tenta ser melhor que o seu pai, mas em qual aspecto? É inevitável ouvir que os pais sempre querem para os filhos o melhor, ou o que ainda não conseguiram ter. Nessa busca incessante, perde-se toda a linha de raciocínio sobre a formação advinda do espaço presente, apenas representando-se através de um passado longo, se avaliarmos o nosso tempo de vivência material tão curto em relação à existência da humanidade. Uma busca que será infinita, pois estamos vivendo em um tempo cíclico de ações voltadas a interesses relativamente particulares, onde cada um busca por meio de um objetivo particular a melhoria de suas condições, físicas, morais, sociais, econômicas e psíquicas.

segunda-feira, 11 de março de 2013


Sentimentos efêmeros.
Em nossas vidas, alguns sujeitos estão condicionados a nos acompanhar por laços sanguíneos e outros que agregamos como tal. Os demais são os amores efêmeros que se dissipam por uma série de variáveis.
Ao me  condicionar há um relacionamento, tenho que esse é um compromisso que não podemos trair, em qualquer condição, pois a moral e ética que a mim foram ensinadas e vivida, me deram a prática como base da minha vida. Não estou sendo benevolente como o meu caráter, estou apenas pontuando pontos da minha prática rotineira de pensar e agir nessa vida.
Meu primeiro amor veio tardio, tinha nome e sobrenome. Porém, as adversidades de tempo que nos separavam pela idade, me fizeram ver aquele lindo coração que precisava mais de mim, do que eu estaria disposto a dar. Quando eu lhe disse que era tempo de terminar, devo admitir que isso foi feito pelo meu cérebro e não pelo meu coração. Coloquei situações, das quais não existiam em minha vida (como drogas, bebidas e momentos particulares), mas isso foi apenas uma forma de afastar aquele grande amor, fazendo com que ele me visse diferente do que havia me conhecido.
Na verdade eu não mudei, apenas me travesti com aquela versão ‘pobre’ de espirito, para que ele tivesse a conclusão final de que não dava mais. Não me arrependo, porque me lembro um dia ter lhe dito “quando eu perceber que meu amor não é mais suficiente para te sustentar, eu prefiro te ver feliz nos braços de outra pessoa que da minha”.
Então, eu me dei no sentimento de solidão e deixei esse amor se libertar, não porque eu não o amasse mais, mas porque eu não conseguia vê lo feliz ao meu lado; eu não conseguia ser completo. Percebi que esse amor hoje vive feliz (e eu mais ainda, porque sei que ele está feliz). Meu carma nessa vida é esse, penso tanto no outro ao ponto de me deixar sofrer, para ver a felicidade do alheio. Não me culpo ou julgo por isso, porque esse sentimento solidário de amar e fazer o melhor para o outro, do que a mim mesmo me acompanha à muito tempo.
Hoje eu sinto uma grande paz interior em saber que você se foi, e está feliz. Minha felicidade consiste no seu sorriso, mesmo que longe do meu. E não vou atrapalhar isso, porque eu quero o seu melhor. Sempre quis! Vou ficar no silêncio das minhas palavras, aguardando um dia aquele que foi meu primeiro amor, aquele que tocou minha vida e do qual eu creio que não terei nessa vida novamente.

Cresci muito sobre minhas lágrimas, porém hoje há um novo caminho; sozinho eu vou traça-lo.  E te vendo feliz a cada dia, crendo em saber que eu fiz o melhor, para você. Que realmente é importante!