quarta-feira, 28 de abril de 2010

Que os cegos abram os olhos......


Ontem eu pensei em uma coisa que ainda não tido tempo de pensar. Certo amigo meu me disse que namora e que sua namorada pediu que ele mudasse tudo nele, o termo tudo ainda foi usado em letras garrafais, mas o que necessariamente uma pessoa pode nesse caso ver de atrativo na outra? Posição social? Beleza? Interesses que não são nem um pouco próximos a amor. Certo que para uma aproximação inicial entre duas pessoas é necessário que haja um atrativo, mas o que seria esse atrativo em casos de choque? Onde duas pessoas se encontram ou se esbarram em lugares freneticamente eletrizantes, baladas, barzinhos festas e similares!
A palavra bem utilizada então seria uma atração inicial, seria um ponto de partida, mas isso não quer dizer que seja um ponto final. Quando conhecemos uma pessoa a quem pedimos em namoro estamos aceitando a mesma do jeito que ela é, da forma que está às mudanças no caso do exemplo acima são exigidas de forma tão anacrônica, que não existe coesão alguma em querer dessa forma. Nesse contexto bem particular uma mudança ocorre dentro de um relacionamento de ambas as partes, nada de pressão de apenas um lado, mas isso ocorre de forma natural, ao seu tempo.
Particularmente eu não pediria para alguém que está comigo para mudar tudo, porque o nosso relacionamento começou sabendo que eu sou diferente, as pessoas tem que se aceitar de forma diferente e reconhecer que na diferença do outro é que está a sua existência. Ser diferença é ser belo. Um grupo de pessoas iguais não tem nada para oferecer uma há outra, mas se são diferentes, somam suas qualidades, repensam seus defeitos e constroem um outro ser dentro de si mesmo.
Fiquei meio aflito em pensar que ainda pessoas que não aceitam as diferenças, ainda mais sabendo de todo o desenrolar da história que até meu nome envolve, mas não vou falar disso aqui, acho que seria muita falta de privacidade com o meu amigo, afinal a história de vida é dele. Mas sabendo como tudo ocorreu eu fico me pensando o quanto me isolo as vezes das pessoas, não querendo também sua diferença perto de mim por medo, tédio ou até mesmo soberba.
Espero que realmente seja Feliz.
Pessoas inteligentes, falam de assuntos inteligentes; pessoas normais falam de coisas; pessoas medíocres, falam de pessoas.

sábado, 24 de abril de 2010

Morre Macaco


Em um tempo onde mais nada acontece como deveria realmente acontecer, onde o que deveria acontecer era apenas a supressão de expectativas que um dia desenvolvi dentro de mim, que imaginei que seriam concretas no futuro distante ou próximo, mas que se tornaram distantes demais da realidade, pois são apenas fantasias.
A fila anda; o macaco pula a chuva cai; o macaco cai quando fica doente. É por esse ciclo que o ser humano passa, por vezes ele espera a chuva que nunca vem, mesmo no momento de maior estiagem, ele é um macaco novo, mas envelhece. O macaco um dia não agüenta mais segurar nas galhas, ele sucumbe a cair, ele quebra seus ossos; ele cai.
A chuva que um dia foi esperada ajudou o macaco a cair, com ela os galhos ficaram mais escorregadios, os animais selvagens da água apareceram no mangue e quando o macaco velho acha que sua velhice é suficiente para matá-lo vê que tem outros predadores mais vorazes que seus ossos.
Macaco velho, macaco novo, chuva ou sem a chuva; a questão não está no ser de agora, mas no o meio prepara para ele, a natureza pode realmente ser uma arca contra o macaco, mas o seu meio social é o que realmente pode matá-lo mais rapidamente por dentro, do que um jacaré que fica de fora esperando ele cair da galha.

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Uma simples agulha



Qual a grande diferença entre a agulha e sua cabeça? Um ser achatado e outra longa e fina? Então qual seria a diferença entre um poder executivo e um judiciário?
Você entende hoje o grosso, o que realmente consegue ver e não o que deveria saber. Nossas atividades estão totalmente voltadas para o tecnicismo da questão social e não mais para a filosofia da vida, a ciência da humanidade, porque não existe necessidade de você pensar para que servem as funções da administração pública, você não trabalha nela. Mas quando é sobre a cabeça da agulha e seu corpo, você tem que entender minuciosamente como se faz, ou pelo menos em que parte desse processo de produção você vai trabalhar.
Essa formação do corpo social pós-moderno está cada dia mais fácil, os sujeitos conseguem as respostas mais rápidas para a sua vida pelo google, em uma definição sem muitas vezes autores especializados, apenas curiosos que por vezes reproduzem de livros, o tecnicismo também chegou as escolas. O aluno não precisa saber quais as funções do Estado perante ele, nem as dele perante o Estado, precisa apenas saber que se ficar desempregado tem a Bolsa Família, a Bolsa Escola, a Bolsa Alimentação. Mas ai eu me pergunto, porque ninguém dá um Bolsa da Prada, Bolsa Louis Vitton ou ainda Vitor Hugo? Não precisa dar não o caminho técnico também copiou dessas marcas suas formas e símbolos, as famosas falsificações que enchem os olhos de quem não tem.
Quando alguém me pergunta que horas são, eu logo penso em que é essa pessoa que não sabe nem mesmo que horas são agora, que perdeu o seu valor humano pelo tempo da fábrica, da loja ou mesmo da escola. Perdemos o nosso tempo em atividades vendidas e compradas, não sabemos o significado, mas estamos no embalo.
O homem transformou a natureza em objetos pessoais, os objetos pessoais transformaram o homem em coisas, as coisas são inanimadas e sem vida. O homem tem vida nessa condição?

Nas entrevias da vida pensamos pouco durante toda a nossa existência, podemos dizer que realmente pensamos somente depois de muito esforço, estamos muito acomodados com a novela que vai começar daqui a pouco, com o trabalho que vai recomeçar depois do ludibrioso domingo ou feriado de alguma coisa – que ninguém se preocupa mesmo em saber de onde vem, o que importa é que não trabalho hoje, é feriado – mas o ciclo continua e se você se frusta e sai do sem emprego, logo entra ou número, no sentido literal da palavra, número de CPF ou RG. Seja como for, as coisas que antes não tinham nomes definidos e foram se criando e criadas, hoje são controladas por números e controlam os números. Pense nisso!

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Estar ou Ser, eis a não questão....


Sempre quando você encontra-se deprimido e sozinho parece que as coisas vão saindo da sua cabeça sem muito forçar, você olha para o lado e se pergunta, onde estão as pessoas que diziam ser suas amigas para todos os momentos? Resposta, cuidando de suas próprias vidas, de seus problemas. Isso não quer dizer que elas não gostam de você, mas elas também vivem em um mundinho que a gente por vezes não conhece. O fato não está em onde elas estão quando você precisa delas, mas quando elas estão mais próximas de você.
Já tive muitos ‘colegas’, alguns que até mesmo confundi com amigos, mas essas pessoas vão e vem na nossa vida, a melhor coisa a fazer é não criar laços muito afetivos com seres dessa forma. É mais assim que me sinto quando alguém me fala de amor; que ama, que se sente amado, que está perdidamente apaixonado. Como se isso fosse o ápice da vida, como se mais nada importasse. Convenhamos que essa balela de amor é realmente uma falácia humana.
As pessoas se buscam em contradições reais, em delimitações tão assombrosas que por vezes parecem seres irracionais, não tem motivo real para viver. O homem realmente nasceu para viver acompanhado de alguém? A individualidade humana é tão dúbia que me esquivo a dizer que existe espaço para preenchimento do outro; os ‘homo’ que se dizem sapiens, e afirmam isso mais uma vez com tal benevolência de si mesmo ao dizerem-se sapiens sapiens estão mortos.
A individualidade perdeu sua força quando surgiu o egocentrismo, esse mesmo de filmes ou da vida real, você se torna tão individual, mas precisa mostrar para alguém que tem algo melhor que esse alguém, precisa se afirmar, isso acontece no seu eu egocêntrico. Se o homem é assim tão individual, porque não ficou assim durante toda a existência do sapiens sapiens? Pelo simples fato do egocentrismo que exacerbou todas as formas de convivência em exaltação pessoal, onde nada pode ser provado sem que outro esteja vendo e possa assinar o testemunho. Eu preciso me mostrar feliz, rico, convencido de minha beleza, é somente por isso que vivemos em comunidade, qualquer outra interpretação pode ser vista como um filme da Disney, montado em meios de necessidades criadas por homens que se agrupam, mas tentam se destacar dentro de sua própria comunidade.
Nascemos sozinhos, apenas com um cordão umbilical, depois que ele se corta o que nos resta é a dura realidade dos fatos, sua mãe se vai, seus amigos se foram, o que te restou? Apenas o que você produziu, se você apenas viveu para comer, não digo isso no sentido direto da frase, um viver para consumir, uso assim, então você realmente apenas vegetou e sua diferença com um vegetal não é apenas conotação, mas uma exemplificação factual de que o vegetal é apenas mais equiparável a você pela estabilidade, porque pela necessidade o vegetal ocupa mais espaço, ele é consumível e você usável.

domingo, 4 de abril de 2010

Páscoa


Sabe aqueles momentos que vc se pega sem fazer nada? Em que a vida parecer estar andando e você está indo lentamente atrás dela, quando você está sem pressa de entrar nesse vagão. Bem assim me sinto agora, a vida está tão lenta, mas estou tão mais lento que ela; nas ruas já da para ouvir o silêncio, quebrado apenas por poucos carros que ainda trafegam essas horas, afinal, amanhã é segunda-feira, as pessoas tem que acordar cedo para trabalhar.
Ao song de Adele estou aqui agora, tirando cada letrinha que me sai da cabeça, olhando cada tempinho no relógio que roda bem lentamente. Hoje foi um dia tão zen problemas, como se as coisas flutuassem, como se nada fosse dificultoso. Acho que preciso mais cansar o corpo.
Como pude deixar de compartilhar esse momento de hoje, pela enésima vez decidi parar com a nicotina, mas agora é sério, vou fazer mais exercícios, cansar meu corpo e deixar minha alma limpa de coisas impuras, pessoas impuras. Essa coisa de ficar me divertindo com o as pequenas coisa me deixa empolgado. Veja hoje, na parte da tarde fui para a lagoa com o Éder Pedro, duas voltas bem divertidas com palavras bem amenas. Esse sol do outono me traz felicidade, coisa que eu não sinto há tempos.
Meus amigos de verdade da faculdade se foram, só percebi que ficaram algumas pessoas que não são tão amigas como eu imaginei, tenho o péssimo costume de me abrir demais com as pessoas sobre a minha vida, mas poucas sabe onde mais me dói realmente nas noites escuras, poucas conhecem a realidade dos fatos. As pessoas com quem convive sempre vêem o Guilherme feliz e cheio de piadas para animar o dia, mas por dentro fico remoendo umas coisas que nem eu mesmo sei de onde tiro.
Os amigos que ficaram, posso contar nos dedos da mão e ainda sobra dedo; estão meio distantes da minha realidade, estão trabalhando e construindo coisas novas para eles mesmos. É certo que eu fiquei meio passado com a situação atual, mas estou mais equilibrado. Minhas noites agora tem sonhos, devo isso a Deus, não que eu peça, mas agradeço todas as noites somente por existir em estado de saúde perfeitos.
Queria realmente ser uma pessoa bem melhor, queria ajudar mais as pessoas, mas nem sei por onde começar. Na verdade eu queria que não houvesse mais sofrimento, que todas as pessoas pudessem ser mais felizes nos dias que passam, mas eu não sou Deus néh.
Vou dormir agora com a consciência limpa, com paz no coração e com a esperança do meu lado. Seja o que Deus quiser nessa segunda feira. Amém!

Sua vida é uma mentira social


Não estou aqui para dissimular os fator, mas apenas para ludibrias os atos; por essa linha o Blog seguira sobre as nuancias informativas dos sites de informação, a tendência é o prosseguimento de uma análise sem rótulos, mas variavelmente estigmatizando os mesmo sobre os sujeitos.
O que mais lhe interessa em aspectos de leitura, música ou cultura? Quais as notícias que são relevantes para a seu dia? No que agrega a sua existência o ‘assistir de uma telenovela’? Perceba consequência dessas indagações com o que lhe é apresentado hoje pelos meios de comunicação! Estaria eu sendo um pouco hipócrita se dissesse que nunca assisti uma telenovela, mas do que ela realmente lhe serve o dia-a-dia? Para criar um assunto dentro do seu local de trabalho ou ambiente escolar?
As telenovelas são como filmes, mas dispersas em períodos bem mais prolongados, devido a isso sua interação com o público é maior, as pessoas se chocam, riem, choram, ficam alegres e sentem ódios de alguns personagens. Muitos desses personagens que são interpretados apresentam similaridades com alguém que conhecemos, devido a isso a familiaridade com as novelas é muito real, principalmente para a cultura nacional.
Devido a grande quantia da população que assiste as telenovelas no país as industrias mediáticas utilizam-se das mesmas para venda de seus produtos, essa tendência tornou-se mais aparente apartir das décadas de 90. Mas o fetiche de se ver em um personagem como você mesmo ou reconhecer o outro na novela não ultrapassa as linhas desta ligação, não existe um elo lógico de crescimento nesse tipo de programação. No mais o que ainda pode-se conseguir com uma telenovela é a interação de assuntos em mesas onde nada mais pode ser discutido, porque as pessoas estagnaram a sua vida apenas as relações próximas existentes no seu meio social.
Um fato consumado é quando nos indentificamos com certos personagens ou ainda queremos ser iguais a eles, nosso instinto é acompanhar passo à passo da programação para levar os novos verbetes para as ruas, para nos mostrarmos interados com algo. Mas onde realmente fica você nessa questão? A olho e imagem de personagens que vão se transformando? Que se utilizam de cartões de créditos de determinado seguimento econômico? Que vestem marcas? Que vão a determinados lugares, cidades ou países somente porque o personagem gosta?
Nunca se esqueça que as telenovelas, assim como qualquer produção filmitica é enganjada de uma série de patrocinadores que visam o lucro constante e determinação dos seus passos em todas as circunstâncias da vida. Dizer que estamos em um verdadeiro Reality Show, mas no uso aplicado do Reality; tendemos a não pensar nas nossas atitudes, pois parecem sempre tão naturais, de gosto individual, mas isso se faz apenas quando se pensa. Quando estamos dentro de uma linha de comandas universais de um sistema que nos obriga a consumir, não temos mais nada o que pensar, a própria estrutura faz-se base para universalivação e legitimação das questões que considera primordiais para sua coexistência.
No mais vale sempre lembra que filosofar sobre a existência individual é acima de qualquer coisa perceber que essa existência só é possivél junto ao corpo social que compomos, o que nos leva ainda a pensar que tipo de meio estamos vivendo e a qual modelos devemos seguir. Nada de ideologias prontas, apenas propostas de pensamentos.