sexta-feira, 16 de abril de 2010
Estar ou Ser, eis a não questão....
Sempre quando você encontra-se deprimido e sozinho parece que as coisas vão saindo da sua cabeça sem muito forçar, você olha para o lado e se pergunta, onde estão as pessoas que diziam ser suas amigas para todos os momentos? Resposta, cuidando de suas próprias vidas, de seus problemas. Isso não quer dizer que elas não gostam de você, mas elas também vivem em um mundinho que a gente por vezes não conhece. O fato não está em onde elas estão quando você precisa delas, mas quando elas estão mais próximas de você.
Já tive muitos ‘colegas’, alguns que até mesmo confundi com amigos, mas essas pessoas vão e vem na nossa vida, a melhor coisa a fazer é não criar laços muito afetivos com seres dessa forma. É mais assim que me sinto quando alguém me fala de amor; que ama, que se sente amado, que está perdidamente apaixonado. Como se isso fosse o ápice da vida, como se mais nada importasse. Convenhamos que essa balela de amor é realmente uma falácia humana.
As pessoas se buscam em contradições reais, em delimitações tão assombrosas que por vezes parecem seres irracionais, não tem motivo real para viver. O homem realmente nasceu para viver acompanhado de alguém? A individualidade humana é tão dúbia que me esquivo a dizer que existe espaço para preenchimento do outro; os ‘homo’ que se dizem sapiens, e afirmam isso mais uma vez com tal benevolência de si mesmo ao dizerem-se sapiens sapiens estão mortos.
A individualidade perdeu sua força quando surgiu o egocentrismo, esse mesmo de filmes ou da vida real, você se torna tão individual, mas precisa mostrar para alguém que tem algo melhor que esse alguém, precisa se afirmar, isso acontece no seu eu egocêntrico. Se o homem é assim tão individual, porque não ficou assim durante toda a existência do sapiens sapiens? Pelo simples fato do egocentrismo que exacerbou todas as formas de convivência em exaltação pessoal, onde nada pode ser provado sem que outro esteja vendo e possa assinar o testemunho. Eu preciso me mostrar feliz, rico, convencido de minha beleza, é somente por isso que vivemos em comunidade, qualquer outra interpretação pode ser vista como um filme da Disney, montado em meios de necessidades criadas por homens que se agrupam, mas tentam se destacar dentro de sua própria comunidade.
Nascemos sozinhos, apenas com um cordão umbilical, depois que ele se corta o que nos resta é a dura realidade dos fatos, sua mãe se vai, seus amigos se foram, o que te restou? Apenas o que você produziu, se você apenas viveu para comer, não digo isso no sentido direto da frase, um viver para consumir, uso assim, então você realmente apenas vegetou e sua diferença com um vegetal não é apenas conotação, mas uma exemplificação factual de que o vegetal é apenas mais equiparável a você pela estabilidade, porque pela necessidade o vegetal ocupa mais espaço, ele é consumível e você usável.
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