quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

O Milagre da forma e da reforma constante (MODA)


Existe permuta real entre o verdadeiro e o que se é disposto como tal?

Algumas evidências são tarjadas como assim fossem relativas a evidência, ao óbvio. Mas o concreto é surreal, algo que se passa por anos sem mesmo ser problematizado. Uma comparação grosseira, mas próxima está no vestuário, quando um estilista diz que sua produção não muda, em que tudo envolve apenas a essência da sua marca, podemos demarcar um passo que foi colocado propositalmente como evidência, a marcar em si. Digo isso no mais claro contexto de uma produção de vestuário que está no alge das suas vendas, quando a coleção alavanca o progresso produtivo, quando as vendas são economicamente rentaveis.

A moda então, passa de um produção imaginada, para factual. O que temos hoje é o tendencinismo do achismo. Crer que uma produção de elevado nome é um fato consumado pelo estilista; é olhar em linha reta sem problematizar o contexto da sua produção, fato tão constante que nem mesmo parece mais ocasional, interpretar as necessidades que um público alvo necessita para o tipo de produção trazendo do sub-urbano, dos becos e guetos as mais irreverentes mostra em um desfile está a cargo de alguém que convive nesse mesmo gueto, seja como participante ativo ou como um observador; além de um olhar das empresas que gerenciam esse tipo de vendas, as grande marcas e suas filias de tecidos estão a cargo de passar todo o suporte para esse estilista.

A necessidade então que transparece surreal para o ser humano agora tem um aplique de fetichismo, aquele mesmo que sempre acompanhou o homem na exaltação do ser, a luxúria. Não existe mais contraste entre a produção estilística, mercado de consumo e espaço sub-urbano, eles se uniram as suas novas necessidades, cada uma em seu espaço, mas cogitando sempre a mesma exaltação, condicionado a tendências, estações e todas as outras inovações que podem ser criadas e recriadas nesse espaço.

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