quarta-feira, 28 de julho de 2010

Sem Fundamento Aparente


Passaram-se dois dias desde a chegada da primeira nave espacial, mas essa alusão de tentar a vida de outra forma, com outras formas estranhas que parecem espaciais, nada mais são do que espelhos da alma, reflexos do medo. Contradição contribuída da própria cerne individual.
Aqueles sujeitos têm uma forma estranha de se locomover – certo que mesmo como bípedes – ainda existe algo de não humano; talvez seja pelo fato de eu mesmo saber que eles não são humanos. Essas novas relações estão destruindo algo que era realmente só meu e fazendo-me pensar em um espaço novo, inanimado, propenso a novas convivências que jamais pensei que poderia ter. Seja como for, ainda tenho que me acostumar.
Estou há dois dias observando as atitudes do novos moradores terrestres, ainda não vi eles ingerindo nada de anormal, aliás não os vi ingerindo nenhum tipo de alimento, será que não comem ou se alimentam de moléculas de ar? Impossível para a minha compreensão passada; estou a quem desse modo de vida.
Não vejo o mover dos lábios, eles – os novos moradores terrestres – se comunicam de uma forma que eu nem mesmo sei se é realmente comunicação, para na frente uns dos outros, em seguida se retiram, como se falassem de uma forma que eu não compreenda, como se lessem pensamentos uns dos outros.
Assim acontece com os humanos de hoje, as letras tem vários significados, se juntam e formam vários milhões de significados, que nem ao menos nos preocupamos em saber se é certo ou errado, afinal nesse mundo de significados o que realmente é certo ou errado? Não existe limite para o individual, pensando assim somos mais extraterrenos do que os que julgamos de tal forma, somos nixo espacial dentro do meio ambiente que habitamos, estamos estáticos as ações fundamentais da natureza, mesmo que tentemos não ser literalmente tão naturais. Mas ainda assim, somos reflexos

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