quarta-feira, 14 de julho de 2010

Os nossos Deuses caíram



Homem, que homem és tu que não tão homem é para amar a ti, ama mais outro? Para glorificar o feito do outro, sem antes olhar para o que poderia ser; que idolatra sujeitos iguais a ti, por feitos tão mínimos a humanidade? Que homem és tu homem? Aquele que ama as pequenas coisas que se vão, que ama o brilho do ouro e esquece o mesmo brilho no olhar de uma criança perdida de amor.
Esse amor pelas pequenas coisas quando somado, torna esse objeto amado de grande porte, que pode ser conhecido no mundo todo. Mas esse amor é pequeno, simbolizado por um desejo tão tradicional que não tem real significado real para os sujeitos. Os nossos ídolos de hoje, são quase como deuses, suas imagens na mídia são difundidas para idolatração, o culto é tão aberto, que as orações chegam de todos os cantos, em pequenos espaços concentram-se milhões, bilhões de olhares, a transmissão de redes de TV é um clássico exemplo.
Dignificar os sujeitos por um amor ao homem que mal se conhece, nos torna tão mesquinhos, preferimos pensar na falsa felicidade, na inexistência dos problemas. Os tais dias em que passamos na frente dos nossos deuses foram consolidados pelo espaço que abrimos a ele, no pequeno altar que focalizamos dentro da parte principal da casa, onde recebemos nossas visitas e fazemos questão de demonstra o nosso maior bem, o mais importante; a ignorância.
Todos querem alcançar o céu, o ápice da felicidade que nosso relicário particular julgar demonstrar. Quando além das glórias você pode ver como seus deuses vivem, como comem, como se divertem, como riem, como são felizes, suas peles são perfeitas, parecem não ter mancha alguma de sofrimento. Mas esse mundo é mais efêmero ainda do que se parece. Vivemos cerca de 70 à 80 anos de vida, nesse meio tempo cremos nas informações que nos são repassadas. Você é o que você lê, o que interpreta. O julgamento pessoal sobre a condição de vida é subjetivo.
O amor que dispensamos aos nossos deus tem apenas o caminho de ida, daí vem toda a frustração de não podermos ser iguais ou ainda chegar perto deles. Talvez seja esse o grande pecado humano, estar como diz nos ensinamentos cristãos “a imagem e semelhança de Deus”, mas nunca podermos ser iguais a ele. Buscamos uma perfeição inexistente.

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