quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010
Lobo ou homem?
Atitude ou Pensamento?
Pensar é um ato constante de qualquer ser animal, seja qual for a ocasião. O lobo age com seus instintos para preparar seu ataque, mas não é porque é instintivo que o mesmo não possa ser pensante, sua massa pensante age sobre as necessidades naturais que os leva a atitudes impulsivas.
Quanto ao homem podemos classificar seu ato de pensar em duas instâncias; atitudinais e pré-atitudinais (pensamentos). O que é a variante nesse jogo de pensar e agir com o homem é que ele esquematiza a sua ação ou atitude prevendo por hipóteses onde isso pode leva-lo. O ato impulsivo então pertence somente ao instinto. Isso é o mesmo que acontece quando um indivíduo organiza um assalto, seja onde for, ele tem consciência que sua ação pode ser bem-sucedida ou não, o que o levará a pensar de forma a agir é o contexto sócio-histórico de onde vive ou viveu, suas relações culturais e sua educação (sugiro educação não somente escolar e familiar, mas em todo o contexto de formação desse indivíduo até os trajetos rotineiros, amigos, colegas de escola, pessoas que se aproximam por afinidades comuns em ambientes sociais).
Temos então dois animais, um que age por instinto outro que simplesmente por análise do que seu instinto pode o levar. O lobo que cerca a presa necessita dessa atividade, pois a natureza só lhe concedeu essa opção. O que leva um homem a agir em ato ilícito do roubo? A mesma situação, esse indivíduo que irá transgredir uma lei comum entre os homens (ambiente social onde se compartilha bens por resultados de um trabalho, onde a moeda de troca é o trabalho) esse mesmo não teve as reais condições sociais e culturais de compreender seu espaço e refletir sobre as necessidades que lhe são impostas, seu apanhado de aprendizagem está ligado ao que o homem repudia a todo instante, o homem, aquele mesmo que tem dois olhos, boca, nariz, enfim que é tão igualmente comum que não pode ser comparado a lobos. O que de fato acontece é que sua selva de opções está minimizada ao enriquecimento de poucos e flagelo de muitos.
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