Sendo a ética é uma variável prática da moral, poderíamos
então compartilhar a idéia de uma doutrina que não é ortodoxa atuando no espaço
das relações. Amparada por um contexto de significante e significados, as
premissas das quais estão geneticamente ligadas a moral, são então ligações
ignorantes de nossa realidade, das quais recebemos em pequenos provérbios desde
a nossa meninice.

Esse artefato genealógico, transmitido pela sua família não
é o único condicionante para sua formação final, pois sendo ele sujeito social,
sua gama de relações está infinitamente ligada com o mundo pela tecnologia da
informação. Advertir sobre as condições sociais aos quais os sujeitos estão
dispostos é a primeira condição racional nunca feita, pois existe uma sujeição
aos paradigmas morais, dos quais muitos sujeitos ainda não assumem para si; um
medo confuso sobre a sua condição e suas escolhas, pode exemplificar sobre a
formação de seus filhos uma dúvida ao erro dos quais os pais não assumem em seu
passado com transparência.
O homem tenta ser melhor que o seu pai, mas em qual aspecto?
É inevitável ouvir que os pais sempre querem para os filhos o melhor, ou o que
ainda não conseguiram ter. Nessa busca incessante, perde-se toda a linha de raciocínio
sobre a formação advinda do espaço presente, apenas representando-se através de
um passado longo, se avaliarmos o nosso tempo de vivência material tão curto em
relação à existência da humanidade. Uma busca que será infinita, pois estamos
vivendo em um tempo cíclico de ações voltadas a interesses relativamente
particulares, onde cada um busca por meio de um objetivo particular a melhoria
de suas condições, físicas, morais, sociais, econômicas e psíquicas.